Desde muito cedo despertou em mim um desejo enorme de exercer uma profissão onde eu pudesse interagir especialmente com pessoas. Foi assim que escolhi ser professora.
Antes mesmo de iniciar nessa profissão, nas minhas brincadeiras infantis, sempre estavam incluídas as aulinhas com minhas sobrinhas. Na época, eu deveria ter uns nove anos. Para a surpresa da turma das aulinhas, a minha sobrinha mais velha chegou à pré- escola alfabetizada. Naquele tempo nem eu nem ela entendíamos muito bem o que realmente estava acontecendo. Com o passar do tempo, percebi que, muito antes de fazer essa opção, eu já gostava de ensinar.
Comecei a trabalhar, em 1978, no Colégio Nossa Senhora da Aparecida (escola particular), onde fui estudante por doze anos. Em 1982, passei a trabalhar nas escolas estaduais, passando por várias delas e atuando em realidades diversas. E essa oportunidade de vivenciar situações diferentes é o que me faz crescer como pessoa, como profissional, como aprendiz.
Hoje, mais do nunca, precisamos estar abertos para aprender. Vivemos num mundo em constantes mudanças. Aprendemos em todo tempo e lugar. Isso não pode ser diferente na escola, na sala de aula. Vejo a escola como um lugar de construção de saberes, de troca de saberes, de busca de saberes. Sendo assim, cabe à escola ser uma estimuladora de aprendizagens. Isso significa que, mesmo após o período escolar, espera-se que o sujeito que passou por ela, sujeito esse construtor e autor da sua história, continue querendo aprender.
Sou muito feliz naquilo que faço e sei que os meus alunos o são também. Juntos, estudamos, lemos, refletimos, choramos, dialogamos, nos divertimos, aprendemos todos as dias com prazer. Nesse processo de ensino e de aprendizagem somos um grupo que caminha buscando cada vez mais, tornando-nos pessoas mais capazes, solidárias, conscientes, autônomas. Não podemos esquecer nunca que vivemos em sociedade, que aprendemos para nós mesmos, mas que esse saber precisa ser colocado a serviço dos demais.